ESTADO NUTRICIONAL E RISCO CARDÍACO POR MEIO DA ANÁLISE DA OBESIDADE ABDOMINAL EM IDOSAS PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA COMUNITÁRIO DE ATIVIDADE FÍSICA
Urival Magno Gomes Ferreira; Luciano Meireles de Pontes; José Ednaldo Alves de Sena; Jarlson Carneiro Amorim da Silva; Bernardo Oliveira Portela.
A avaliação do estado nutricional é um importante recurso na análise das condições de saúde principalmente em populações idosas. Estudos epidemiológicos têm sugerido que a identificação da obesidade centralizada expressa distúrbios cardiovasculares e metabólicos em diferentes níveis. Objetivo: Avaliar o estado nutricional e identificar o risco cardíaco por meio da prevalência de obesidade abdominal em mulheres idosas participantes de um programa de atividade física. Material e Métodos: Trata-se de um estudo transversal-epidemiológico, descritivo, predominantemente quantitativo. Participaram da amostra 84 idosas (67,1±5,5anos) participantes de um programa comunitário de atividade física. Os instrumentos utilizados para coleta de dados foram: balança digital, estadiômetro e fita metálica flexível, para medir a massa corporal, estatura e circunferência abdominal, respectivamente. A classificação do estado nutricional foi realizada mediante o calculado o Índice de Massa Corpórea (IMC), por meio da divisão da massa corporal pelo quadrado da estatura. Para análise da centralização da gordura, optou-se por mensurar o perímetro abdominal conforme a padronização do International Diabetes Federation (2005). Para a análise dos dados foi utilizado o software SPSS versão 14.0. Resultados: A massa corporal e a estatura média foram de 1,49±0,05m e 66,4±10,7kg. A média do IMC foi 29,6±4,5kg/m2, com 16,6% eutróficas, 39,3% com sobrepeso, 31,0% obesidade nível I, 10,7% obesidade II e 2,4% obesidade III (mórbida). A análise da circunferência abdominal mostrou uma média de 91,9±8,5cm com o seguinte padrão de risco: 10,8% baixo, 19,3% moderado e 69,9% alto. Conclusão: Considerando os altos índices de obesidade no estado nutricional e a identificação de altos valores relativos no padrão de obesidade central (tipo andróide), as idosas investigadas, estão expostas a desenvolver complicações cardiovasculares. Recomenda-se assim, além da atenção na prática de atividades físicas, um melhor monitoramento dos hábitos alimentares, com regular acompanhamento médico, principalmente nos casos prevalentes de obesidade mórbida.
Palavras chave: Estado nutricional. Terceira idade. Obesidade.
Urival Magno Gomes Ferreira; Luciano Meireles de Pontes; José Ednaldo Alves de Sena; Jarlson Carneiro Amorim da Silva; Bernardo Oliveira Portela.